
Lipoaspiração Revisional: quando é preciso corrigir resultados antigos
Lipoaspiração Revisional: quando é preciso corrigir resultados antigos

A lipoaspiração revisional é indicada quando o resultado anterior gerou irregularidades, assimetrias, fibroses ou frustração estética, podendo ser corrigido com técnica adequada e avaliação criteriosa.
Nem toda lipoaspiração oferece o resultado esperado. Mesmo sendo uma das cirurgias mais realizadas no Brasil, há casos em que a técnica utilizada, a resposta do corpo ou o pós-operatório resultam em contornos irregulares, depressões, saliências ou assimetrias. Quando isso acontece, o paciente pode buscar uma lipoaspiração revisional — procedimento feito para corrigir falhas ou melhorar o acabamento de uma cirurgia anterior.
A decisão por revisar uma lipo precisa ser tomada com cuidado. É necessário respeitar o tempo mínimo de cicatrização, que varia entre 6 e 12 meses, além de avaliar se o incômodo é definitivo ou se ainda faz parte da evolução pós-cirúrgica. O cirurgião também precisa examinar a presença de fibroses, qualidade da pele e viabilidade da nova abordagem, sem prometer resultados perfeitos, mas sim melhorias reais.
Muitas vezes, a insatisfação com o resultado anterior vai além da estética. Pacientes relatam perda de confiança, dificuldade de usar certas roupas ou até receio de passar por outro procedimento. Por isso, o planejamento da lipo revisional deve ser ainda mais personalizado, com foco na segurança, clareza de expectativas e análise técnica aprofundada.
Neste conteúdo, você vai entender quando a lipoaspiração revisional é indicada, quais problemas ela pode corrigir, como é feita, quais são os cuidados específicos na recuperação e o que esperar do resultado.
Quando a lipoaspiração revisional é indicada?
A lipoaspiração revisional é indicada quando a cirurgia anterior deixou assimetrias visíveis, irregularidades no contorno, acúmulo de gordura residual ou retrações na pele.
Nem toda insatisfação justifica uma nova cirurgia. Em muitos casos, pequenos desníveis ou ondulações melhoram com o tempo, drenagem linfática ou fisioterapia dermato-funcional. Porém, se após 6 meses o contorno permanece comprometido ou o resultado está aquém do planejado, a revisão pode ser avaliada.
Outras indicações incluem fibroses endurecidas, acúmulo desigual de gordura ou lipoaspiração feita de forma superficial em áreas irregulares. A decisão depende da análise do cirurgião e da condição atual da pele e da gordura subcutânea. Uma boa indicação aumenta as chances de melhora significativa sem gerar novos problemas.
Quais problemas podem ser corrigidos com lipoaspiração revisional?
A lipoaspiração revisional corrige falhas técnicas e sequelas estéticas como depressões, áreas “onduladas”, assimetrias laterais, fibroses e excesso de gordura mal aspirada.
Um dos problemas mais comuns é a retirada desigual de gordura, o que cria desníveis perceptíveis na região abdominal, flancos, culote ou costas. Também há casos em que a gordura foi aspirada de forma muito superficial, deixando a pele sem sustentação e com aspecto enrugado. Em outros, a retirada foi insuficiente, mantendo acúmulo em áreas que deveriam estar mais definidas.
Alterações comuns tratadas com lipo revisional:
- Depressões profundas ou visíveis ao toque
- Ondulações que persistem após 6 meses
- Áreas com gordura residual perceptível
- Fibroses que geram dor ou rigidez
- Desproporções entre os lados do corpo
Cada correção requer técnica específica, e nem sempre todas podem ser resolvidas em uma única cirurgia. O planejamento deve ser realista.
Quanto tempo após a primeira cirurgia posso fazer uma revisão?
A revisão só deve ser feita após a completa cicatrização da lipoaspiração anterior, o que leva, em média, de 6 a 12 meses.
Esse intervalo é necessário para o corpo estabilizar o inchaço, reabsorver fibroses iniciais e permitir uma avaliação clara da anatomia. Fazer a cirurgia revisional antes desse tempo pode comprometer ainda mais o resultado, aumentar o risco de novas irregularidades ou provocar sobrecarga nos tecidos.
Em casos raros, como retrações severas ou complicações precoces, a revisão pode ser antecipada. Mas a regra geral é esperar até que o resultado anterior esteja completamente consolidado. O acompanhamento com o cirurgião é essencial para definir o momento certo.
Como é feita a lipoaspiração revisional?
A lipoaspiração revisional é feita com cânulas finas e técnicas adaptadas à área previamente operada, podendo incluir VASER, vibrolipo ou enxertia de gordura (lipoescultura).
Áreas com fibrose exigem o uso de tecnologias que amolecem o tecido, como o ultrassom (VASER) ou vibrolipoaspiração. Em regiões com depressões ou assimetrias, o cirurgião pode complementar o volume com gordura retirada de outro ponto do corpo — técnica conhecida como lipoenxertia. Já em casos de gordura residual, é feita nova aspiração, respeitando os limites de segurança.
Cada região é tratada de forma isolada, considerando a cicatrização anterior, a elasticidade da pele e os riscos de novas irregularidades. A experiência do cirurgião com esse tipo de revisão é determinante para que o procedimento traga real melhora sem comprometer ainda mais o contorno corporal.
O que esperar da recuperação da lipo revisional?
A recuperação da lipoaspiração revisional é semelhante à de uma lipo comum, mas pode envolver cuidados extras com fibroses, modeladores e sessões de fisioterapia.
Como o tecido já passou por uma cirurgia anterior, ele tende a reagir de forma mais intensa — com inchaço mais prolongado e maior risco de aderência. Por isso, o uso da cinta compressiva, das placas modeladoras e das drenagens linfáticas deve ser seguido à risca. A fisioterapia estética pode ser indicada para liberar aderências e ajudar na retração da pele.
O resultado final leva de 6 a 9 meses para aparecer. E assim como na lipo inicial, o paciente deve manter boa alimentação, hidratação e evitar exposição solar direta por pelo menos 30 dias para prevenir manchas e alterações na cicatriz.
A lipo revisional garante um resultado perfeito?
Não. A lipoaspiração revisional pode melhorar consideravelmente o contorno corporal, mas não garante perfeição, especialmente em casos com pele flácida ou fibroses intensas.
O objetivo da revisão é corrigir imperfeições visíveis, recuperar harmonia entre os lados do corpo e suavizar irregularidades, mas dentro dos limites do que é possível tecnicamente. O cirurgião deve explicar com clareza o que pode ou não ser corrigido e quais são os resultados reais esperados.
Expectativas alinhadas, indicação correta e um bom plano de pós-operatório aumentam significativamente as chances de um desfecho positivo — com mais confiança, autoestima e conforto com o próprio corpo.
Considerações finais sobre lipoaspiração revisional
A lipoaspiração revisional é uma alternativa eficaz para corrigir resultados antigos que causaram frustração estética ou desconforto físico. A decisão de operar novamente exige análise técnica, paciência e diálogo aberto com o cirurgião. Profissionais com experiência em contorno corporal, como o Dr. Juan Montano, podem orientar com clareza sobre o que é possível corrigir, quando operar e como conduzir o pós com segurança, sempre com foco em melhorar, dentro do real, a harmonia corporal e o bem-estar do paciente.